Malta acrescentou ao registro de jurisdições de jogo inseguras devido à lavagem maciça de dinheiro

Um dos maiores centros de jogo do mundo recebeu um duro golpe em sua reputação. Acontece que o Grupo de Ação Financeira (GAFI) colocou Malta em sua “lista cinza” de jurisdições que não são confiáveis. A razão desta decisão é a falha na implementação de medidas contra a lavagem de dinheiro.
Malta juntou-se a 19 outros países, incluindo Panamá, Mianmar, Síria e Zimbábue. Este registro, como indicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), inclui todas as jurisdições cujos investidores se envolvem rotineiramente em campanhas de evasão fiscal. Tal comportamento, disse a agência, leva a uma queda significativa na entrada de capital.
A decisão do GAFI foi avaliada e comentada por destacados políticos malteses. Por exemplo, o líder do partido de oposição local Bernard Grech chamou a decisão de “punição nacional”. Em sua opinião, isso poderia prejudicar seriamente os crescentes setores financeiros e de jogos de Malta.
Falando em uma coletiva de imprensa especialmente convocada, o primeiro-ministro da ilha, Robert Abela, disse que a decisão da organização, que foi tomada por voto secreto, foi “injusta”.
“Embora eu acredite que a decisão seja injusta, vamos continuar com o processo de reforma porque nossa equipe age com convicção e acredita na boa governança. Continuamos empenhados em fazer quaisquer mudanças necessárias, preservando ao mesmo tempo o interesse nacional. Nunca recusaremos ou desencorajaremos a cooperação, mas fortaleceremos nossa determinação de combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo internacional”, admitiu o funcionário.
O jogo é a segunda maior indústria em Malta, que se tornou um importante centro para o jogo on-line na Europa. Entretanto, alguns operadores expressaram preocupação de que escândalos recentes envolvendo altos funcionários e reguladores locais poderiam manchar a reputação do setor.
O país tem sido repetidamente chamado a pôr fim à venda de passaportes nacionais e à falta de ação legal contra altos executivos que têm facilitado o desenvolvimento do offshore e do dinheiro para fora do país.
Lembramos que as autoridades de 14 estados da UE estão pedindo o renascimento do Grupo de Especialistas em Jogo